Etanol

Etanol
Estrutura do etanol

domingo, 14 de julho de 2013

Tratamento para alcoólicos


     Primeiramente, torna-se pertinente sabermos a diferença entre dependência alcoólica e abuso alcoólico. O primeiro conceito se refere a um indivíduo que consome etanol apesar de possuir problemas físicos, mentais e sociais advindos de tal ingestão e, além disso, a ausência de consumo causa crise de abstinência (e outras), mostrando, assim, uma pessoa dependente fisicamente e psicologicamente do álcool. Enquanto que o segundo conceito contempla um indivíduo que não possui quaisquer dependência, mas quando ele faz uso de tal substância gera muitos problemas.

     O diagnóstico do alcoolismo é feito por Anamnese pelo médico, que consiste em se fazer uma série de perguntas ao paciente e à família com o objetivo de se traçar o perfil do indivíduo e, em seguida, correlacioná-lo com a Síndrome de dependência alcoólica (SDA). O médico, além disso, precisa realizar exames físicos, como por exemplo a verificação de tremores nas extremidades digitais e na língua. O paciente para ser alcoólico precisa apresentar algum tipo de dependência física. Por fim, exames laboratoriais também têm de ser executados, como o exame de líquido cefalorraquidiano e uma pneumencefalografia, pois podem comprovar o diagnóstico.

    A seguir se encontra algumas perguntas, de 12, que são feitas ao paciente a ser sondado por grupos de alcoólicos anônimos, psicólogos e médicos:

"Já tentou parar de beber por uma semana (ou mais), sem conseguir atingir seu objetivo?"

" Tomou algum trago pela manhã nos últimos doze meses?"

"Apesar de prova em contrário, você continua afirmando que bebe quando quer e para quando quer?"

    A SDA se apresenta em diversos graus e formas. A CID-10 traz a classificação F10 – Transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de álcool, com as seguintes subdivisões [6] :

F10.0 – Intoxicação aguda

F10.1 – Uso nocivo

F10.2 – Síndrome de dependência

F10.3 – Estado de abstinência

F10.4 – Estado de abstinência com delirium

F10.5 – Transtorno psicótico

F10.6 – Síndrome amnésica

F10.7 – Transtorno psicótico residual e de início tardio

F10.8 – Outros transtornos mentais e de comportamento

F10.9 – Transtorno mental e de comportamento não-especificado

     Diagnosticado o alcoolismo, as intervenções para auxiliar o alcoólico consiste em psicoterapias e farmacoterapias.
     As abordagens as quais as psicoterapais se dá, partem de auxílio individual e auxílio de grupo.
    Já as intervenções em nível farmacológicos são feitas a partir do uso das seguintes drogas:
Dissulfiram: O Dissulfiram inibe irreversivelmente a enzima acetaldeído desidrogenase , assim causando uma reação não prazerosa quando o indivíduo consome álcool, haja vista que haverá acúmulo de acetaldeído. Veja o esquema abaixo:

Naltrexona: O consumo de etanol parece atuar positivamente sobre determinatos tipos de receptores opioides e negativamente em outros. O sistema opioide atua diretamente sobre o sistema de recompensa e está associado ao desenvolvimento da dependência. Desse modo, a atuação do Naltrexona antagoniza esses receptores, dissociando o prazer do consumo de álcool.

Acamprosato: Provavelmente, essa medicação reduz a recaptação do cálcio induzida pelo glutamato nos neurônios, reduz os efeitos aversivos da retirada do álcool, já que inibe alguns transmissores e inibe,também, a hiperexcitabilidade cerebral do glutamato e a atividade excitatória glutamatérgica.

    Com essa postagem, concluo minha parte nesse blog e declaro minhas atividades encerradas. Espero que tenham gostado e feito um bom uso! Por fim, agradeço ao meu grupo, ao Jonathan, nosso monitor e ao professor Marcelo Hermes por essa incrível oportunidade =)


Bibliografia






PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. [7]



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