Mas como é tal interação? Acontece que
a reação entre esses dois compostos vai gerar um terceiro composto chamado
Cocaetileno. Essa substância, chamada cocaetileno
potencializa os efeitos da cocaína, no sistema cardiovascular e sistema
nervosos central (SNC). Como ele faz isso? É a próxima
pergunta a ser respondida. Ele, cocaetileno, age junto da cocaína bloqueando a receptação
de monoaminas, o que é fortemente relacionado com a overdose.
O metabolismo da cocaína funciona da seguinte forma; A droga é metabolizada em 3 vias. Primeiro
sendo hidrolisada pela colinesterases hepáticas e plasmáticas, produzindo o
éster Metilecgonina, segunda via é a da Benzoilecgonina formada na hidrolise
espontânea, quer dizer que não ocorreu a ação de uma enzima ou ainda por meio de
ação das Carboxiesterases plasmáticas ou hepáticas, esses metabólitos excretados na urina, e ainda há, na terceira via, a Norcocaína, metabólito ativo formado por
meio de um processo de N-desmetilação.
Então finalmente voltando para o álcool, quando se combina o
uso de cocaína e álcool, aumenta-se o nível plasmático de Norcocaína e Cocaína, reduzindo o nível de Benzolecgonina, e formando o cocaetileno que é o único
metabólito de cocaína formado na presença de álcool, por meio da ação de uma
carboxiltransferase hepática promovendo
uma reação de transesterificação.
O Cocaetileno é responsável pelos efeitos
prolongados. Os quais seriam os gerados pelo uso de cocaína, mas que somente
declinam em maior tempo. O que provavelmente deve levar ao uso juntamente com o
álcool. Promovendo esse abuso e sobre carga dos sistemas normais de
funcionamento fisiológico, além dos maiores riscos associados a essa
combinação, como a overdose.
Bibliografia:
Inaba,t.; Stewart, d.j. & Kalow, W. Metabolism of cocaine in man. Clinical Pharmacology and therapeutics 23: 547-52, 1978.
Fish,
f. & Wilson, W.D.C. - Excretion of cocaine and its metabolites in
man. Journal of Pharmacy and Pharmacology 21: 1355-85, 1969.
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